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A situação desta senhora era exatamente a seguinte: um cavalheiro tinha sido durante longo tempo seu pretendente em casamento, mas ela nunca tinha conseguido dominar os seus afetos no sentido de sequer pensar em casamento com ele, antes o desprezando continuamente; e por fim, para grande desgosto do cavalheiro, ela deu-lhe uma negativa absoluta. Depois dessa negativa, apaixonou-se por ele e
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arrependeu-se amargamente da sua loucura e de tão inconsequente atitude, desejando voltar a ter as oportunidades anteriores. Era este o seu estado no momento em que me apresentou a pergunta.
O ascendente e o Sol são para a querente; Saturno, regente da sete, é para o homem sobre quem se pergunta. A querente era medianamente alta, de rosto redondo, pele rosada, de aspecto alegre e modesto, olhos cinzentos, cabelo castanho claro, resultante do Sol, regente do ascendente, estar nos termos de Marte, bem falante e bastante bonita.
Estando Saturno no ângulo Sul, e em conjunção a Marte, e ambos em Touro, um signo fixo de terra, julguei o tamanho do quesito como sendo baixo e não alto, nem muito belo, o seu rosto longo e sem graça, uma pele pálida e sem brilho, cabelo escuro, ou de um tom castanho mortiço, encaracolado e encrespado, os olhos fixos, sempre baixos, pensativos, inclinando a cabeça para a frente, com algum impedimento no andar, como se andasse com cautela, etc. (isto foi confessado). Ao encontrar Saturno, como foi dito, tão elevado, e em conjunção com Marte, julguei o cavalheiro triste, zangado, muito descontente e irritado com as ofensas anteriores (como acontece sempre com pessoas Saturninas). Julguei-o muito exasperado com um parente ou cavalheiro de distinção, significado por Marte, regente em parte da três a partir da sete e da quatro, que é a dez da sete; e que este cavalheiro e ele viviam na mesma casa ou perto um do outro, porque ambos os significadores estão angulares e fixos (e assim era). Disse-lhe que o cavalheiro não tinha inclinação ou disposição para ela; como a Lua se separava de vazia de curso e se aplicava a uma oposição ao Sol, regente do ascendente, indicava que havia poucas esperanças de efetivação do seu desejo, porque ela própria, pela sua própria maldade, se tinha feito tão grande mal. Foi aí que ela me contou toda a verdade, e não antes, e implorou que lhe indicasse como se poderia voltar a trás, sem escândalo para a sua honra; e realmente ela estava lamentavelmente perplexa e cheia de pesar. Altura em que, com grande compaixão, comecei a considerar que esperanças existiam na figura: encontrei o Sol a aplicar-se a um sextil a Saturno; isto indicava o desejo da mulher e a força do seu afeto pelo quesito,
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porque ela é significada pelo planeta mais leve; mas não havia recepção entre os significadores, de forma que essa aplicação dava poucas esperanças; mas, encontrando recepção entre Júpiter e a Lua, e entre o Sol e a Lua, ela na sua triplicidade, o Sol na sua casa; observando também que a Lua dispunha de Saturno na sua exaltação, e de Júpiter na sua casa, e que Júpiter estava próximo de um sextil destro a Saturno, ainda em aplicação e não em separação; e também que Júpiter estava na sua exaltação e que, sendo um planeta afortunado que está sempre a ajudar a natureza e os aflitos, seria capaz, pela sua força, de moderar e banir a maldade de Saturno; além do que, a proximidade do sextil de Júpiter a Saturno fez-me ter a certeza de que o quesito tinha relações íntimas com uma pessoa de distinção e mérito, representado por Júpiter, o qual descrevi com exatidão, e que a senhora bem conhecia. Foi a ele que lhe indiquei que dirigisse as suas queixas e o informasse da sua loucura; afirmei positivamente que no cavalheiro descrito ela. encontraria toda a honra e sigilo, e que não tinha dúvidas de que, com a graça de Deus, ele reanimaria o assunto (agora perdido) e devolveria a alegria ao seu coração. Mas, vendo que Saturno e o Sol chegavam a um sextil no dia 27 do mesmo mês, aconselhei-a a apressar as coisas antes do aspecto ter passado; e também lhe disse que no dia 19 de Junho, perto do meio dia, o cavalheiro falaria ao quesito sobre o assunto pela primeira vez; e a minha razão era porque nesse dia Saturno e Júpiter chegavam a um sextil perfeito.
O meu conselho foi seguido e o resultado foi este: através dos esforços do cavalheiro, o assunto foi induzido de novo, o casamento efetuado, e tudo dentro dos vinte dias seguintes, para contentamento da triste (mas, quanto a mim, mal-agradecida) senhora, etc. Em astrologia, a verdadeira razão desta atuação é não mais do que, primeiro uma aplicação dos dois significadores a um sextil, viz. o regente da sete e o da um. Seguidamente, a aplicação da Lua ao regente do ascendente, apesar de ser uma oposição, contudo com recepção, era outro pequeno indício; mas a principal circunstância, sem a qual esta figura não se realizaria, era a aplicação de Júpiter a um sextil a Saturno, regente da sete, recebendo a virtude que Saturno lhe dava e que ele transferia de novo para o Sol, regente do ascendente, não encontrando ele, viz. Júpiter, qualquer forma de proibição ou de frustração
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à sua conjunção perfeita com o Sol, o que acontecia a 29 de Junho, de forma que não intervinha nenhuma dificuldade depois. Informei esta senhora que muito recentemente, antes do levantamento desta figura, tinha sido proposto um casamento ao seu namorado, e que a dama sugerida era significada por Vênus, alguém não só com boa fortuna, mas muito bem nascida. Sugeri-lhe que seguisse as minhas indicações, com esperança de alcançar um final feliz, e disse-lhe que não deveria temer que ele casasse com Vênus; este julgamento dei-o por causa de Marte estar mais perto de Vênus do que Saturno, assim interpondo a sua influência, ou afastando Saturno. Julguei Marte como sendo algum soldado ou cavalheiro que tivesse estado no exército. Isto fi-lo mais para alegrar o seu pensamento, que achei demasiado apreensivo. Ela conhecia bem a dama e o homem, e confessou que tais assuntos estavam então em curso.
Se a pergunta tivesse sido "Quem viverá mais tempo?" certamente teria julgado que a mulher, porque o Sol se aplicava a uma conjunção a Júpiter e Marte aflige Saturno pela sua presença.
Se ela tivesse perguntado "Se o quesito era rico?", eu teria que considerar Júpiter como regente da sua segunda casa, o qual encontro na sua exaltação, direto, rápido, etc., apenas sob os raios do Sol; pelo que julgaria o seu patrimônio bom. Quanto a darem-se bem, como o Sol e Saturno se aplicam a um sextil, achei que se dariam bem; contudo, não há dúvida que Saturno exigirá muita atenção, porque ele é nefasto por natureza, e também porque está viciado pela presença de Marte, que o torna colérico e melancólico, sendo ele por isso naturalmente ciumento sem razão; contudo, o suave sextil de Júpiter a Marte e a Saturno parece, por educação, reprimir as suas tendências naturais.
Se fosse perguntado "Se a querente é honesta?" eu responderia que o seu significador, viz. o Sol, não está afligido por Marte; sendo o seu signo ascendente Leão e havendo recepção entre Júpiter e a Lua, estes são indícios de que ela é uma mulher virtuosa.
Desta forma se pode examinar qualquer figura para descobrir o que for necessário, etc.
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Дата добавления: 2015-09-11; просмотров: 74 | Поможем написать вашу работу | Нарушение авторских прав |