Ñòóäîïåäèÿ  
Ãëàâíàÿ ñòðàíèöà | Êîíòàêòû | Ñëó÷àéíàÿ ñòðàíèöà

ÀâòîìîáèëèÀñòðîíîìèÿÁèîëîãèÿÃåîãðàôèÿÄîì è ñàäÄðóãèå ÿçûêèÄðóãîåÈíôîðìàòèêà
ÈñòîðèÿÊóëüòóðàËèòåðàòóðàËîãèêàÌàòåìàòèêàÌåäèöèíàÌåòàëëóðãèÿÌåõàíèêà
ÎáðàçîâàíèåÎõðàíà òðóäàÏåäàãîãèêàÏîëèòèêàÏðàâîÏñèõîëîãèÿÐåëèãèÿÐèòîðèêà
ÑîöèîëîãèÿÑïîðòÑòðîèòåëüñòâîÒåõíîëîãèÿÒóðèçìÔèçèêàÔèëîñîôèÿÔèíàíñû
Õèìèÿ×åð÷åíèåÝêîëîãèÿÝêîíîìèêàÝëåêòðîíèêà

Capítulo 12

×èòàéòå òàêæå:
  1. Capítulo 01
  2. Capítulo 02
  3. Capítulo 03
  4. Capítulo 04
  5. Capítulo 05
  6. Capítulo 06
  7. Capítulo 07
  8. Capítulo 08
  9. Capítulo 09
  10. Capítulo 10

 

Pela primeira vez em minha vida, saio para correr voluntariamente. Procuro meus asquerosos tênis, que nunca uso, uma calça de moletom e uma camiseta. Faço uma trança, ruborizo-me com as lembranças que voltam à minha mente e ligo o iPod. Não posso me sentar em frente a essa maravilha da tecnologia e seguir vendo ou lendo mais material inquietante. Preciso queimar parte desta excessiva e enervante energia. A verdade é que gostaria de correr até o hotel Heathman e exigir sexo deste maníaco por controle. Mas está a oito quilômetros, e duvido que possa chegar a correr dois, muito menos oito, e, claro, ele poderia não aceitar, o que seria muito humilhante.

Quando abro a porta, Kate está saindo de seu carro. Ela quase deixa as compras caírem quando me vê. Ana Steele com tênis de corrida. Eu aceno e não paro, por causa da inquisição. Preciso de algum tempo sozinha. Snow Patrol está tocando em meus ouvidos, e saio para o céu opala e aruá marinha, do anoitecer.

Passo pelo parque. O que vou fazer? Desejo-o, mas nesses termos? A verdade é que não sei. Talvez eu devesse negociar o que quero. Revisar esse ridículo contrato linha a linha e dizer o que me parece aceitável e o que não. Minha pesquisa me disse que legalmente é sem nenhum valor. Ele deve saber. Suponho que só serve para definir os parâmetros da relação. Ele ilustra o que posso esperar dele e o que ele espera de mim, a minha submissão total. Estou preparada para dar isso a ele? Sou mesmo capaz?

Uma pergunta me persegue, por que é ele assim? Será que é porque foi seduzido quando era muito jovem? Eu simplesmente não sei. Ele ainda é um mistério.

Eu paro ao lado de um grande pinheiro e apoio as mãos em meus joelhos, respirando com dificuldade, puxando o precioso ar para os meus pulmões. Sinto-me bem, é fantástico. Sinto que minha determinação se fortalece. Sim. Tenho que lhe dizer o que me parece bem e o que não. Tenho que lhe mandar por e-mail o que penso, e então poderemos discutir na quarta-feira. Eu respiro fundo, para me limpar por dentro, e dou a volta para casa.

Kate foi comprar roupas, como só ela poderia, eram roupas para suas férias em Barbados.

Principalmente biquínis e cangas combinando. Ela vai parecer fantástica com todos esses modelos, mas mesmo assim, ela prova todos e me obriga a sentar e comentar como ficaram. Não há muitas maneiras de dizer: "Está fantástica, Kate". Embora esteja magra, tem umas curvas de perder o sentido. Ela não faz isso de propósito, eu sei, mas ao final arrasto meu penoso corpo coberto de suor até o meu quarto com a desculpa de ir empacotar mais caixas. Eu poderia me sentir mais inadequada? Levo comigo o computador sem fio, ligo e escrevo um email para Christian.

 

 


 

De: Anastásia Steele

Data: 23 de maio de 2011 20:33

Para: Christian Grey

Assunto: Universitária escandalizada

 

Bem, já vi o bastante.

Foi agradável te conhecer.

 

Ana

 

 

 


Pressiono "Enviar", abraçando-me, rindo da minha piada. Será que ele vai achar isso tão engraçado? Oh, merda...

Certamente não. Christian Grey não é famoso por seu senso de humor. Embora saiba que ele o tem, porque experimentei. Talvez ele deixe para lá. Espero sua resposta.

Espero... e espero. Olho para o despertador. Já se passaram dez minutos.

Para esquecer da angústia que se abre caminho em meu estômago, ponho-me a fazer o que havia dito a Kate que faria: empacotar as coisas de meu quarto. Começo colocando meus livros em uma caixa.

Por volta das nove sigo sem notícias. Talvez ele tenha saído. Eu estou amuada e petulante, ponho os fones do iPod, escuto o Snow Patrol e sento em minha mesa para reler o contrato e a anotar minhas observações e comentários.

Não sei por que levanto o olhar, possivelmente capto de relance um ligeiro movimento, não sei, mas quando a levanto, Christian está na porta de meu quarto me olhando fixamente. Leva suas calças cinza de flanela e uma camisa branca de linho, e agita brandamente a chave do carro. Arregalo os olhos e fico gelada. Porra!

— Boa noite, Anastásia. — Sua voz era fria, sua expressão precavida e ilegível. A capacidade de falar me abandona. Maldita Kate, deixou-o entrar sem me avisar. Estou vagamente ciente de que ainda estou de moletom, toda suada e sem tomar banho, e ele está muito bonito, com as calças caindo bem nos quadris, e o que mais, ele está em meu quarto.

Eu senti que o seu e-mail merecia uma resposta em pessoa — explica em tom seco.

Abro a boca e volto a fechá-la, duas vezes. A piada é sobre mim. Nunca, neste ou em qualquer universo alternativo eu esperava que ele largasse tudo e viesse até aqui.

Posso me sentar? — pergunta-me, agora com olhos divertidos. Obrigada, Meu deus... Talvez a brincadeira lhe pareceu engraçada.

Eu concordo. Minha capacidade de falar permanece incerta. Christian Grey está sentado em minha cama.

Perguntava-me como seria seu quarto, — Ele diz.

Olho ao meu redor, pensando em uma rota de fuga, não, aqui só tem uma porta e uma janela.

Meu quarto é funcional, mas acolhedor, poucos móveis brancos de vime e uma cama de casal branca, de ferro, com uma colcha de patchwork que minha mãe fez quando estava em sua etapa de trabalhos caseiros. É azul céu e creme.

— É muito sereno e tranquilo, - ele murmura. Não neste momento... não com você aqui. F inalmente minha medula oblonga recorda o seu propósito, eu respiro.

Como...?

Ele sorri para mim.

Ainda estou no Heathman.

Isso eu já sabia.

— Quer tomar algo? — Tenho que dizer o que a educação sempre me impõe.

— Não, obrigado, Anastásia. Esboça um deslumbrante meio sorriso com a cabeça ligeiramente inclinada.

Bem, eu certamente vou precisar de uma.

Então, foi agradável me conhecer?

Maldição, ofendeu-se? Olho para baixo, para os meus dedos. Como eu vou sair dessa? Se lhe disser a ele que era uma brincadeira, não acredito que goste de muito.

— Pensei que me responderia por e-mail. — digo-lhe em voz muito baixa, patética.

Você está mordendo o lábio de propósito? — pergunta-me muito sério.

Eu pisco os olhos, abro a boca e solto o lábio.

Não estava consciente de que estava mordendo o lábio, — eu murmuro.

Meu coração está disparado. Sinto a tensão, essa deliciosa eletricidade estática que invade o espaço. Ele está sentado muito perto de mim, com seus olhos cinza impenetráveis, os cotovelos apoiados nos joelhos e as pernas separadas. Inclina-se, desfaz-me uma trança muito devagar e me separa o cabelo com os dedos. Fico com a respiração presa e não posso me mover. Observo hipnotizada sua mão movendo-se para a outra trança, tirando a borracha e desfazendo a trança com seus compridos e hábeis dedos.

— Vejo que você decidiu fazer um pouco de exercício — fala em voz baixa e melodiosa, me colocando o cabelo atrás da orelha. — Por que, Anastásia? — Rodeia-me a orelha com os dedos e muito suavemente, ritmicamente, acaricia o lóbulo. Isso é muito sexual.

— Necessitava tempo para pensar, — eu sussurro. Eu sou toda coelho e faróis, mariposa e chama, pássaro e serpente... e ele sabe exatamente o que está fazendo.

— Pensar no que, Anastásia?

— Você.

E você decidiu que foi agradável me conhecer? Refere-te a me conhecer em sentido bíblico?

Merda. Ruborizo-me.

— Não pensava que fosse um perito na Bíblia.

— Eu ia à catequese aos domingos, Anastásia. Aprendi muito.

Não recordo ter lido nada sobre pinças para mamilos na Bíblia. Talvez lhe deram a catequese com uma tradução moderna.

Seus lábios se arqueiam desenhando um ligeiro sorriso e dirijo o olhar para sua boca.

Bom, pensei que devia vir a lhe recordar quão agradável foi me conhecer.

Meu Deus. Eu fico olhando para ele de boca aberta, e seus dedos se movem da minha orelha para o meu queixo.

O que lhe parece, senhorita Steele?

Seus olhos cinzentos brilham para mim, há um desafio intrínseco em seu olhar. Seus lábios estão entreabertos, está esperando, alerta para atacar. O desejo, agudo, líquido e fumegante - arde no mais profundo de meu ventre.

Adianto-me e me lanço para ele. De repente se move, não tenho nem ideia de como, e em um abrir e fechar de olhos estou na cama, imobilizada debaixo dele, com as mãos estendidas e sujeitas por cima da cabeça, com sua mão livre me agarrando o rosto e sua boca procurando a minha.

Ele coloca a língua em minha boca, reclama-me e me possui, e eu me deleito com sua força. Sinto-o por todo meu corpo. Deseja-me, e isso provoca estranhas e deliciosas sensações dentro de mim. Não quer a Kate, com seus minúsculos biquínis, nem a uma das quinze, nem à malvada senhora Robinson. Quer a mim. Este formoso homem me deseja. Minha deusa interior brilha tanto que poderia iluminar toda a cidade de Portland. Deixa de me beijar. Abro os olhos e o vejo me olhando fixamente.

Confia em mim? — pergunta-me.

Eu concordo, com os olhos muito abertos, com o coração ricocheteando nas costelas e o sangue trovejando por todo meu corpo. Ele estica o braço e do bolso da calça tira sua gravata de seda cinza... a gravata cinza que deixa pequenas marcas da malha em minha pele. Senta-se rapidamente escarranchado sobre mim e me ata as colunas, mas esta vez ata o outro extremo da gravata ao canto da cama. Puxa o nó para comprovar que está seguro. Não vou a nenhuma parte. Estou atada a minha cama, e muito excitada.

Ele se levantou e ficou em pé junto à cama, me olhando com olhos turvos de desejo. Seu olhar é de triunfo e de alívio.

— Melhor assim, — murmura e esboça um sorriso perverso de conhecimento. Inclina-se e começa a me desamarrar um tênis. Oh, não... não... meus pés. Acabo de correr.

Não, — protesto e empurro para que me solte.

Detém-se.

Se lutar, amarrarei também os pés, Anastásia. Se fizer o menor ruído, te amordaçarei. Fique quieta. Katherine provavelmente está aqui e poderá me escutar lá fora.

Amordaçar-me! Kate! Eu calo a boca.

Tirou -me os tênis e as meias, e me baixa muito devagar a calça de moletom.

Oh... que calcinha estou vestindo? Levanta-me, retira a colcha e o edredom de debaixo de mim e me coloca de barriga para cima sobre os lençóis.

— Vejamos. — ele passa a língua lentamente pelo lábio inferior. — Está mordendo o lábio, Anastásia. Sabe o efeito que tem sobre mim. — Pressiona-me seu longo dedo indicador na boca como advertência.

Oh meu Deus. Eu mal posso me conter, estou indefesa, tombada, vejo que ele se move tranquilamente pelo meu quarto. É um afrodisíaco embriagador. Lentamente, sem pressas, ele tira os sapatos e as meias, desfaz-se da calça e tira a camisa.

— Acredito que você viu muito, — ele ri maliciosamente. Volta a sentar-se em cima de mim, escarranchado, e me levanta a camiseta. Acredito que vai me tirar isso, mas a enrola à altura do pescoço e logo a sobe de maneira que me deixa descoberta a boca e o nariz, mas me cobre os olhos. E como está tão bem enrolada, não vejo nada.

— Mmm — sussurra satisfeito. — Isto está cada vez melhor. Eu vou tomar uma bebida. Inclina-se, beija-me brandamente nos lábios e deixo de sentir seu peso. Ouço o leve chiado da porta do quarto. Tomar uma bebida. Onde? Aqui? Em Portland? Em Seattle? Aguço o ouvido. Distingo ruídos surdos e sei que está falando com a Kate... Oh, não... Ele está praticamente nu. O que vai dizer a Kate? Ouço um golpe seco. O que é isso? Retorna, a porta volta a chiar, ouço seus passos pelo quarto e o som de gelo tilintando em um copo. O que está bebendo? Fecha a porta e ouço como se aproxima tirando as calças, que caem ao chão. Sei que está nu. E volta a sentar-se escarranchado sobre mim.

— Tem sede, Anastásia? — pergunta-me em tom zombador.

— Sim, — digo-lhe, porque de repente sinto a boca seca. Ouço o tinido do gelo no copo. Inclina-se e, ao me beijar, derrama em minha boca um líquido delicioso. É vinho branco. Não o esperava e é muito excitante, embora esteja gelado, e os lábios do Christian também estão frios.

Mais? — pergunta-me em um sussurro.

Aceito. O gosto é ainda melhor porque vem de sua boca. Inclina-se e bebo outro gole de seus lábios... Oh, meu Deus.

— Não vamos muito longe, sabemos que sua tolerância ao álcool é limitada, Anastásia.

Não posso evitar de rir, e ele se inclina e solta outra deliciosa baforada. Ele se coloca ao meu lado e sinto sua ereção no quadril. Oh, quero-o dentro de mim.

Isso parece bom para você? — pergunta-me, mas ouço a borda em sua voz.

Estou tensa. Volta a mover o copo, beija-me e, junto com o vinho, solta um pedaço de gelo, na boca. Muito devagar começa a descer com os lábios desde meu rosto, passando por meus seios, até meu torso e meu ventre. Coloca-me uma parte de gelo no umbigo, onde se forma um pequeno lago de vinho muito frio que provoca um incêndio que se propaga até o mais profundo de meu ventre. Uau.

— Agora tem que ficar quieta, — ele sussurra. — Se você se mover, molhara a cama de vinho, Anastásia.

Meus quadris se flexionam automaticamente.

Oh, não. Se derramar o vinho, vou te castigar, senhorita Steele.

Gemo, tento me controlar e luto desesperadamente contra a necessidade de mover os quadris. Oh, não... por favor.

Baixa com um dedo as taças do sutiã e deixa com os seios no ar, expostos e vulneráveis. Inclina-se, beija e pega meus mamilos com os lábios frios, gelados. Luto contra meu corpo, que tenta responder arqueando-se.

Você gosta disto? — pergunta-me me apertando um mamilo.

Volto a ouvir o tinido do gelo, e logo o sinto ao redor de meu mamilo direito, enquanto puxa de uma vez o esquerdo com os lábios. Gemo e luto para não me mover. Uma desesperadora e doce tortura.

— Se derramar o vinho, não deixarei que goze.

— Oh... por favor... Christian... Senhor... por favor. — Ele estava me deixando louca. Posso ouvi-lo sorrir.

O gelo de meu mamilo está derretendo-se. Estou muito quente... quente, molhada e morta de desejo.

Quero-o dentro de mim. Agora.

Ele desliza muito devagar os dedos gelados pelo meu ventre. Como tenho a pele hipersensível, meus quadris se flexionam e o líquido do umbigo, agora menos frio, goteja-me pela barriga. Christian se move rapidamente e o lambe, beija-me, morde-me brandamente, chupa-me.

Oh querida, Anastásia, você se moveu. O que vou fazer contigo?

Ofego em voz alta. A única coisa que posso me concentrar é em sua voz e seu tato. Nada mais é real. Nada mais importa. Meu radar não registra nada mais. Desliza os dedos por dentro da minha calcinha e me alivia ouvir que lhe escapa um profundo suspiro.

OH, querida, — ele murmura e me introduz dois dedos.

Sufoco um grito.

— Estará pronta para mim logo, — ele diz. Movendo seus tentadores dedos devagar, dentro e fora, eu empurro para ele elevando os quadris.

— Você é uma garota gulosa, — ele me repreende baixinho, e seu polegar circunda o meu clitóris e sem seguida, pressiona para baixo.

Ofego e meu corpo estremece sob seus peritos dedos. Estica um braço e retira a camiseta dos meus olhos para que possa vê-lo. A tênue luz do abajur me faz piscar. Desejo tocá-lo.

— Eu quero tocar você. — eu respiro.

— Eu sei, — ele murmura. Inclina-se e me beija sem deixar de mover os dedos ritmicamente dentro de meu corpo, riscando círculos e pressionando com o polegar. Com a outra mão me recolhe o cabelo para cima e me sujeita a cabeça para que não a mova. Replica com a língua o movimento de seus dedos. Começo a sentir as pernas rígidas de tanto empurrar para sua mão. Ele retira gentilmente sua mão, então sou trazida de volta da beira do abismo. Ele repete isso uma e outra vez. Isso é tão frustrante... Oh, por favor, Christian, eu grito por dentro.

— Este é seu castigo, tão perto e de repente tão longe. Você acha isso agradável? — sussurra-me ao ouvido.

Eu choramingo, esgotada, e puxo meus braços amarrados. Estou indefesa, perdida em uma tortura erótica.

— Por favor, — suplico-lhe, e ele finalmente tem piedade de mim.

—Como quer que lhe foda, Anastásia?

Oh... meu corpo começa a tremer e volta a fica imóvel.

— Por favor.

— O que você quer, Anastásia?

— Você... agora, - eu grito.

— Como quer que eu lhe foda. Há uma variedade infinita de maneiras, — ele respira contra meus lábios. Ele retira sua mão e atinge a mesa de cabeceira, pegando o saquinho prateado. Ajoelha-se entre minhas pernas e, muito devagar, tira-me a calcinha sem deixar de me olhar com olhos brilhantes. Ele coloca o preservativo. Eu observo fascinada, hipnotizada.

Isto lhe parece agradável? — diz-me acariciando-se.

— Eu quis dizer isso como uma brincadeira, — eu choramingo. Por favor, me foda Christian.

Ele levanta as sobrancelhas, deslizando a mão para cima e para baixo em seu impressionante membro.

— Uma brincadeira? — pergunta-me com a voz ameaçadoramente suave.

— Sim. Por favor, Christian, — rogo-lhe.

— Você está rindo agora?

Não, — eu choramingo.

A tensão sexual está a ponto de me fazer estalar. Olha-me por um momento, avaliando meu desejo, e de repente me agarra e me dá a volta. Fico surpresa, e como tenho as mãos amaradas, tenho que me apoiar nos cotovelos. Empurra-me os joelhos para elevar o traseiro e me dá um forte tapa. Antes que possa reagir, penetra-me. Eu grito, pelo tapa e por sua agressão súbita, e gozo imediatamente uma e outra vez, caindo debaixo dele, que segue a bater deliciosamente dentro de mim. Não se detém. Estou destroçada. Não aguento mais... e ele empurra uma e outra vez... e sinto que volta a me alagar outra vez... então eu estou começando de novo... não pode ser... não...

— Vamos, Anastásia, mais uma vez, — ele rosna por entre os dentes cerrados, e inacreditavelmente, meu corpo responde, convulsionando em torno dele, quando eu chego ao clímax de novo, gritando o seu nome. Despedaço-me novamente em pequenos fragmentos, e Christian finalmente para, em silêncio, encontrando a sua liberação.

Ele cai em cima de mim, ofegando.

Quanto você achou bom? — pergunta-me com os dentes apertados.

Oh, meu Deus.

Estou caída na cama, devastada, ofegando e com os olhos fechados, quando se separa de mim muito devagar. Levanta-se e começa a vestir-se. Quando acabou, volta para a cama, desamarra-me e me tira a camiseta. Flexiono os dedos e esfrego as bochechas, sorrindo ao ver que me marcou o desenho do lençol. Ajusto o sutiã enquanto ele atira a colcha e o edredom para me tampar. Olho para ele aturdida e ele me devolve o sorriso.

— Foi realmente muito bom, — sussurro timidamente.

— Não use esta palavra de novo.

— Você não gosta de que palavra?

— Não. Não tem nada que ver comigo.

— Oh... Eu não sei... parece ter um efeito benéfico para você.

— Eu sou um efeito benéfico? Isso é o que sou agora? Poderia ferir mais meu amor próprio, senhorita Steele?

— Não acredito que tenha algum problema de amor próprio. Mas sou consciente de que o digo sem convicção. Algo me passa rapidamente pela cabeça, uma ideia fugaz, mas me escapa antes que possa apanhá-la.

— Você crê? — pergunta-me em tom amável. Ele está deitado ao meu lado, vestido, com a cabeça apoiada no cotovelo, e eu estou apenas com o sutiã.

— Por que você não gosta que lhe toquem?

—Porque não. — Ele inclina-se sobre mim e me beija suavemente na testa. — Então, esse e-mail que você mandou era uma brincadeira

Sorrio a modo de desculpa e encolho de ombros.

— Estou vendo. Então ainda está pensando em minha proposta?

— Sua proposta é indecente... sim, estou pensando nela. Mas, tenho alguns problemas, embora.

Ele me sorri aliviado.

— Ficaria decepcionado se não tivesse algumas coisas para discutir.

— Eu ia mandar isso por email, mas você me interrompeu.

— Coitus interruptus.

— Vê, eu sabia que tinha um pouco de senso de humor escondido por aí. — digo-lhe sorridente.

— Não é tão divertido, Anastásia. Pensei que estava me dizendo não, que nem sequer queria comentá-lo. — Sua voz falha.

— Ainda não sei. Não decidi nada. Você vai me colocar uma coleira?

Ele levanta as sobrancelhas.

— Você esteve pesquisando. Eu não sei, Anastásia. Nunca dei uma coleira para alguém..

Oh... deveria me surpreender? Sei tão pouco sobre as sessões... Eu não sei.

— Você já usou uma coleira? — pergunto, num sussurro

— Sim.

— Da senhora Robinson?

— Senhora Robinson! — Ele ri às gargalhadas, e parece jovem e despreocupado, com a cabeça arremessada para trás. Sua risada é contagiosa.

Eu sorrio para ele.

— Eu vou contar a ela como a chama, ela vai adorar.

— Você continua em contato com ela? — pergunto-lhe sem poder dissimular meu temor.

— Sim. — responde-me muito sério.

Oh... de repente, uma parte de mim se volta louca de ciúmes. O sentimento é tão forte que me perturba.

— Já vejo. — digo-lhe em tom tenso. — Assim tem alguém com quem comentar seu estilo alternativo de vida, mas eu não posso.

Ele franze as sobrancelhas

— Acredito que nunca pensei por este ponto de vista. A senhora Robinson fazia parte deste estilo de vida. Eu disse a você que agora é uma boa amiga. Se quiser, posso te apresentar a uma de minhas ex-submissas. Poderia falar com ela.

O que? Ele está, deliberadamente, tentando me deixar aborrecida?

— Esta é a sua ideia de uma piada?

— Não, Anastásia. — Confuso, e ele balança a cabeça seriamente.

— Não... eu vou fazer isso do meu jeito, muito obrigada — eu respondi bruscamente, puxando o cobertor até ao meu queixo.

Ele observa-me perdido, surpreso.

— Anastásia, eu... — Ele não sabe o que dizer. Uma novidade, eu acredito. — Não queria te ofender.

— Não estou ofendida. Estou consternada.

— Consternada?

— Não quero falar com nenhuma ex-namorada... escrava... sub... ou qualquer nome que você chama.

— Anastásia Steele, está com ciúmes?

Eu fico vermelha

— Você vai ficar?

— Amanhã, no café da manhã, tenho uma reunião em Heathman. Além disso, já te disse que não durmo com minhas namoradas, escravas, submissas, com ninguém. Sexta-feira e sábado foram uma exceção. Não voltará a acontecer. — Ouço a firme determinação atrás de sua doce voz rouca.

Eu franzo os lábios.

— Bem, estou cansada agora.

— Você está me chutando para fora? — Ele levanta as sobrancelhas, perplexo e um pouco aflito.

— Sim.

— Bem, outra novidade. — Olha-me especulativamente. — Não quer discutir nada agora? Sobre o contrato.

— Não. — respondo-lhe de mau humor.

— Deus, eu gostaria de dar-lhe uma boa surra. Você se sentiria muito melhor, assim como eu.

— Você não pode dizer essas coisas... Ainda não assinei nada.

— Um homem pode sonhar, Anastásia. — Ele inclina-se e me agarra pelo queixo. — Quarta-feira? — Ele murmura, e beija-me rapidamente nos lábios.

— Quarta-feira. — respondo-lhe. — Eu acompanho você até lá fora. Só me dê um minuto. — Sento, coloco a camisa e empurrou-o para obter espaço na cama. Ele faz isso com relutância.

— Passe-me à calça de moletom, por favor.

Ele a recolhe do chão e me entrega.

— Sim, senhora. — Ele tenta ocultar seu sorriso, mas não o consegue.

Eu olho para ele de cara feia, enquanto ponho as calças. Meu cabelo está um desastre e eu sei que depois que ele se for, eu terei que enfrentar a inquisição de Katherine Kavanagh. Coloco um elástico no cabelo, dirijo-me para a porta e abro para ver se vejo Kate. Ela não está na sala de estar. Acredito que a ouço falando no telefone em seu quarto. Christian me segue. Durante o breve percurso entre o meu quarto e a porta da frente, meus pensamentos e meus sentimentos fluem e se transformam. Já não estou zangada com ele. De repente, me sinto insuportavelmente tímida. Não quero que parta. Pela primeira vez, eu gostaria que ele fosse normal, eu gostaria de manter uma relação normal, que não exigisse um acordo de dez páginas, açoites e mosquetões no teto de seu quarto de jogos.

Abro-lhe a porta e olho para as minhas mãos. É a primeira vez que recebo um homem em minha casa para fazer sexo, e acredito que foi genial. Mas agora me sinto como um recipiente, como um copo vazio que se enche com o seu desejo. Meu subconsciente sacode a cabeça.

Eu queria correr até Heathman em busca de sexo... e lhe fizeram uma entrega expressa. Cruzo os braços e bato com o pé no chão, como um ‘qual o problema em olhar em seu rosto’. Christian parou junto à porta, agarra-me pelo queixo e me obriga a olhá-lo. Sua testa enruga ligeiramente.

— Você está bem? — ele pergunta me acariciando o queixo com seu polegar.

— Sim. — respondo-lhe, embora com toda a honestidade eu não estou muito certa. Sinto uma mudança de paradigma. Eu sei que se aceitar, vou me machucar. Ele não é capaz, não lhe interessa ou não quer me oferecer nada mais... mas eu quero mais. Muito mais. O ataque de ciúmes que senti por um momento, antes, me diz que meus sentimentos por ele são mais profundos do que eu mesma posso admitir.

— Quarta-feira, — ele confirma, inclina-se e me beija com ternura. Mas enquanto está me beijando, seus lábios ficam mais urgentes contra os meus, sua mão se move para cima do meu queixo e está segurando a minha cabeça, uma mão de cada lado. Sua respiração se acelera. Inclina-se para mim e me beija mais profundamente. Coloquei minhas mãos em seus braços. Quero deslizar as mãos pelo seu cabelo, mas resisto porque sei que não gostaria. Ele encosta sua testa contra a minha, de olhos fechados, com a voz tensa.

— Anastásia, — ele sussurra. — o que você está fazendo comigo?

— O mesmo eu poderia dizer para você, — sussurro de volta.

Toma uma respiração profunda, beija-me na testa e parte. Avança em passo decidido para o carro passando a mão pelo cabelo. Enquanto abre a porta, levanta o olhar e me lança um sorriso arrebatador. Totalmente deslumbrada, devolvo-lhe um leve sorriso e volto a pensar em Ícaro aproximando-se muito ao sol. Fecho a porta da rua, enquanto se mete em seu carro esportivo. Sinto uma irresistível necessidade de chorar. Uma triste e solitária melancolia me oprime o coração. Volto para meu quarto, fecho a porta e me apoio tentando racionalizar meus sentimentos, mas não posso. Deixo-me cair no chão, cubro o rosto com as mãos e as lágrimas começam a descer.

Kate bate na porta suavemente.

— Ana? — ela sussurra. Eu abro a porta. Ela me olha e me abraça.

— O que está errado? O que lhe fez esse bastardo repulsivo?

— Oh, Kate, nada que eu não quisesse que me fizesse.

Ela me empurra para a cama e nos sentamos.

— Você está com o cabelo horrível.

Embora esteja desconsolada, rio-me.

— O sexo foi bom, não foi terrível em nada.

Kate sorri.

— Melhor. Por que você está chorando? Você nunca chora. — Ela pega a minha escova na mesa em frente, senta atrás de mim, e muito devagar escova para tirar os nós.

— Eu só não acho que nosso relacionamento está indo a lugar nenhum. — Olho para os meus dedos.

— Você não disse que ia vê-lo só na quarta-feira?

— Sim, foi o que combinamos.

— E por que ele apareceu hoje por aqui?

— Porque lhe mandei um e-mail.

— Pedindo para que ele viesse?

— Não, lhe dizendo que não queria voltar a vê-lo.

— E ele veio até aqui? Ana, você é genial.

— A verdade é que era uma brincadeira.

— Oh, agora sim não estou entendendo nada.

Pacientemente, lhe explico essência do meu e-mail, sem entrar em detalhes.

— Pensou que responderia por email.

— Sim.

— Mas isso fez com que ele viesse aqui.

— Sim.

— Eu diria que ele está completamente apaixonado por você.

Franzo o cenho. Christian apaixonado por mim? Dificilmente. Ele só está procurando um novo brinquedo, um novo e adequado brinquedo para deitar-se e lhe fazer coisas indescritíveis. Meu coração se aperta.

Essa é a verdade.

— Ele veio só para foder-me, isso é tudo.

— Quem disse que o romantismo tinha morrido? — ela murmura horrorizada. Eu choquei a Kate. Não pensava que isso fora possível. Encolho os ombros, como desculpa.

— Ele utiliza o sexo como uma arma.

— Fode você para submetê-la? – Ela sacode a cabeça com desaprovação. Eu pisco rapidamente para ela, e eu sinto o rubor se espalhando pelo meu rosto. Oh... na mosca, Katherine Kavanagh, ganhadora do premio Pulitzer de jornalismo.

— Ana, não a entendo, e você faz amor com ele?

— Não, Kate, não fazemos amor... fodemos... como diz Christian. Ele não está interessado em amor.

— Sabia que havia algo estranho nele. Tem problema em assumir compromisso.

Eu concordo, como se estivesse de acordo, mas por dentro suspiro. Oh, Kate... eu gostaria de lhe contar tudo sobre este tipo estranho, triste e perverso, e gostaria que você pudesse me dizer para esquecê-lo, para deixar de ser tola.

— Eu acho que é uma situação bastante esmagadora, — murmuro. Esse é o eufemismo do ano. Porque eu não quero mais falar sobre Christian, eu pergunto sobre Elliot. Só de mencionar o seu nome, a atitude de Katherine muda radicalmente, seu rosto se ilumina, sorrindo para mim.

— Ele virá cedo no sábado para nos ajudar na mudança. Abraça a escova com força contra seu peito, ela se deu bem, e sinto uma vaga e familiar pontada de inveja. Kate encontrou um homem normal e parece muito feliz.

Eu viro para ela e a abraço.

— Ah, quase tinha me esquecimento. Seu pai ligou quando estava... bem, ocupada. Parece que Bob teve um pequeno acidente, assim, sua mãe e ele não poderão vir à entrega do diploma. Mas seu pai estará aqui na quinta-feira. Ele quer que você ligue para ele.

— Oh... minha mãe não me ligaria para me dizer isso. O Bob está bem?

— Sim. Ligue para ela de manhã. Agora é tarde.

— Obrigada, Kate. Já estou bem, agora. Amanhã ligarei também para o Ray. Acredito que vou-me deitar. — Ela me sorri, mas aperta seus olhos, preocupada.

Quando ela saiu, sento-me, volto a ler o contrato e vou tomando notas. Uma vez que terminei, ligo o computador disposta a lhe responder.

Em minha caixa de entrada há um e-mail do Christian.

 

 


De: Christian Grey

Data: 23 de maio de 2011 23:16

Para: Anastásia Steele

Assunto: Esta noite

 

Senhorita Steele:

 

Espero impaciente por suas observações sobre o contrato.

Enquanto isso, que durma bem, querida.

 




Äàòà äîáàâëåíèÿ: 2015-09-09; ïðîñìîòðîâ: 24 | Ïîìîæåì íàïèñàòü âàøó ðàáîòó | Íàðóøåíèå àâòîðñêèõ ïðàâ

1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 36 | 37 | 38 | 39 | 40 | 41 | 42 | 43 | 44 | 45 | 46 | 47 | 48 | 49 | 50 | 51 | <== 52 ==> | 53 | 54 | 55 | 56 | 57 | 58 | 59 | 60 | 61 | 62 | 63 | 64 | 65 | 66 | 67 | 68 | 69 | 70 | 71 | 72 | 73 | 74 | 75 | 76 | 77 | 78 | 79 | 80 | 81 | 82 | 83 | 84 |


lektsii.net - Ëåêöèè.Íåò - 2014-2024 ãîä. (0.061 ñåê.) Âñå ìàòåðèàëû ïðåäñòàâëåííûå íà ñàéòå èñêëþ÷èòåëüíî ñ öåëüþ îçíàêîìëåíèÿ ÷èòàòåëÿìè è íå ïðåñëåäóþò êîììåð÷åñêèõ öåëåé èëè íàðóøåíèå àâòîðñêèõ ïðàâ